A reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um procedimento comum em atletas, mas em crianças e adolescentes, apresenta desafios únicos devido ao crescimento ósseo em andamento. Uma nova pesquisa investigou o impacto de diferentes técnicas cirúrgicas no crescimento ósseo após a reconstrução do LCA em pacientes pediátricos.
O estudo comparou duas técnicas: uma técnica que preserva a fise (a placa de crescimento ósseo) e uma técnica que não preserva. Os resultados indicaram que a técnica poupadora da fise femoral resultou em uma menor perturbação no crescimento do comprimento do membro inferior em comparação com a técnica não poupadora. Especificamente, a técnica não poupadora da fise demonstrou uma diferença estatisticamente significativa no comprimento femoral de 3,5 mm em comparação com o lado não operado, enquanto a técnica poupadora da fise mostrou um impacto muito menor, de apenas 1,0 mm.
Além disso, o estudo revelou que pacientes com menos de 12,5 anos no momento da cirurgia, que foram submetidos à técnica não poupadora da fise, apresentaram uma probabilidade cinco vezes maior de ter uma diferença total no comprimento dos membros superior a 10 mm em comparação com aqueles que foram submetidos à técnica poupadora da fise. No entanto, a pesquisa também apontou que a técnica utilizada pode afetar a frouxidão do joelho, mas não influenciou os resultados relatados pelos pacientes (PROMs). Em resumo, a técnica poupadora da fise surge como uma opção mais vantajosa para minimizar distúrbios no crescimento ósseo em crianças submetidas à reconstrução do LCA, embora a estabilidade do joelho deva ser cuidadosamente monitorada.
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