Estudos recentes têm demonstrado que os sintomas de acumulação, frequentemente considerados um problema da idade adulta, podem ter suas raízes na juventude. Uma pesquisa publicada no The British Journal of Clinical Psychology investigou as atitudes em relação a posses em jovens adultos, buscando identificar os preditores de comportamentos e crenças relacionados à acumulação. O estudo destaca a importância de compreender e abordar esses sintomas precocemente, visando intervenções mais eficazes.
A pesquisa envolveu 316 participantes com idades entre 18 e 25 anos, que responderam a questionários online sobre sintomas de acumulação, funcionamento executivo, sintomas de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), traços de autismo, sintomas de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), ansiedade social, sofrimento psicológico, regulação emocional, apego interpessoal e eventos traumáticos. Através da análise dos dados, os pesquisadores identificaram que problemas de controle executivo e respostas emocionais negativas são preditores chave dos comportamentos de acumulação. A compulsividade e a impulsividade decisional também mostraram ser contribuintes significativos.
Os resultados sugerem que dificuldades no controle executivo, frequentemente observadas em indivíduos com TDAH, podem ser um alvo importante na detecção e intervenção de sintomas de acumulação em jovens. No entanto, os pesquisadores alertam para a necessidade de cautela na avaliação da desordem em jovens, uma vez que seu controle sobre áreas residenciais comuns pode ser limitado. A identificação precoce desses fatores de risco pode abrir caminho para intervenções preventivas e tratamentos mais direcionados, melhorando significativamente a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Intervenções focadas no desenvolvimento de habilidades de organização, tomada de decisão e regulação emocional podem ser particularmente benéficas para jovens em risco.
Origem: Link