Um estudo recente revelou um dado preocupante: mulheres com deficiência intelectual e do desenvolvimento (DID), incluindo aquelas no espectro do autismo, apresentam um risco significativamente maior de reinternação hospitalar após o parto (PPR) em comparação com a população em geral. A pesquisa, que analisou dados de 2019 e 2020, destaca a necessidade urgente de compreender e abordar os fatores que contribuem para essa disparidade.
Os resultados mostram que a taxa de PPR foi de 6,6% em mulheres com DID e 3,3% em mulheres no espectro do autismo, enquanto a taxa para mulheres sem essas condições foi de apenas 1,5%. Após ajustes para outras variáveis, o risco de reinternação foi 3,5 vezes maior para mulheres com DID e 2,06 vezes maior para mulheres no espectro do autismo. A pesquisa também identificou que a morbidade materna grave está associada a um risco 2,8 vezes maior de reinternação.
As causas para essa alta taxa de reinternação em mulheres com DID podem ser multifacetadas. O estudo aponta para possíveis diferenças nas condições de saúde e mentais preexistentes, no suporte social e comunitário disponível e no acesso a cuidados de saúde adequados. Investigações futuras devem se concentrar em identificar e abordar esses fatores para garantir que todas as mulheres, independentemente de suas necessidades intelectuais e de desenvolvimento, recebam o cuidado e o suporte necessários durante o período pós-parto, minimizando assim a necessidade de reinternações.
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