A maternidade solo, uma realidade crescente em nossa sociedade, impõe desafios significativos à saúde e bem-estar das mulheres. Um estudo recente explorou as representações sociais da maternidade solo, particularmente em contextos de pobreza, revelando as complexas dinâmicas que envolvem essa experiência.
A pesquisa, conduzida por Maria Helena Pereira de Oliveira Araújo e Betânia Maria Oliveira de Amorim, envolveu entrevistas e questionários com mães solo que dependem do Programa Bolsa Família como principal fonte de renda. Os resultados apontaram para uma série de sentimentos e percepções, incluindo o abandono paterno, a sobrecarga de responsabilidades, o cuidado com os filhos, e, em alguns casos, o arrependimento. A violência contra a mulher também emergiu como um tema relevante, destacando a vulnerabilidade dessas mães.
A análise das representações sociais revelou uma tensão entre as expectativas sociais tradicionais em relação à maternidade e as realidades enfrentadas pelas mães solo em situação de pobreza. Essa disparidade demanda uma atenção especial por parte das autoridades e da sociedade como um todo. É crucial o desenvolvimento de estratégias eficazes para fornecer apoio abrangente a essas mulheres, promovendo sua saúde física e mental e garantindo o bem-estar de seus filhos. A pesquisa ressalta a importância de políticas públicas que abordem as necessidades específicas da maternidade solo, considerando as complexidades do contexto social e econômico em que ela se manifesta. O apoio psicológico e social é fundamental para fortalecer essas mulheres e capacitá-las a superar os desafios que enfrentam. Empoderar as mães solo é investir na saúde de toda a sociedade.
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