Um caso fatal de infecção pelo vírus Irkut (IRKV) na Rússia, decorrente da mordida de um morcego, reacende a preocupação com a existência de focos naturais desse patógeno. O estudo, publicado recentemente na revista Viruses, detalha a análise genômica e clínica do paciente, que não havia sido vacinado contra raiva e desenvolveu um quadro grave de encefalite.
Os sintomas apresentados pelo paciente incluíram febre alta, agitação psicomotora e motora intensa, tremores na mandíbula e língua, além de afasia, dislexia e disfagia. A rápida progressão da doença levou a um quadro de encefalite severa, resultando em óbito. A análise post-mortem revelou a presença do antígeno do lyssavirus e traços de RNA viral no cérebro do paciente, confirmando a infecção pelo vírus Irkut.
O sequenciamento completo do genoma do vírus isolado do paciente revelou diferenças em relação a outras sequências de IRKV disponíveis, incluindo variações nos sítios antigênicos em comparação com a cepa da vacina antirrábica utilizada na região. A ocorrência deste caso, assim como outros casos fatais de infecção por IRKV já documentados, na região do Extremo Oriente Russo, especificamente na região montanhosa de Sikhote-Alin, sugere a existência de um foco viral natural ativo, demandando maior atenção e pesquisa para a prevenção de futuros casos.
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