Atletas de alta performance, especialmente aqueles em esportes de ritmo acelerado, exibem uma capacidade notável de prever e se adaptar a padrões de movimento dinâmicos. Uma pesquisa recente investigou os mecanismos neurais por trás dessa expertise sensório-motora, lançando luz sobre como o cérebro desses atletas processa e responde a informações em tempo real.
O estudo envolveu dois experimentos. No primeiro, compararam-se atletas experientes e novatos em uma tarefa de rastreamento contínuo. Os resultados mostraram que os atletas demonstraram um desempenho superior, particularmente em segmentos de trajetória previsíveis. A análise de eletroencefalografia (EEG) revelou oscilações distintas na banda theta entre os grupos, com a fonte dessas oscilações localizada no lobo parietal superior (SPL). Esta região foi identificada como crucial para as capacidades de predição motora aprimoradas dos atletas.
O segundo experimento utilizou estimulação magnética transcraniana repetitiva (rTMS) para inibir a atividade do SPL e investigar seu papel causal na expertise motora. Os resultados indicaram que a rTMS interrompeu oscilações neurais específicas, mas não alterou significativamente o desempenho comportamental. Isso sugere a existência de mecanismos compensatórios em regiões funcionalmente conectadas do cérebro. As diferenças nas oscilações theta e beta entre os atletas e os novatos após a estimulação destacam a plasticidade neural adaptativa subjacente à expertise motora. Em resumo, a pesquisa oferece insights valiosos sobre como o cérebro de um atleta se adapta para alcançar níveis elevados de desempenho.
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