Disparidades Socioeconômicas no Acesso a Dispositivos Assistivos Impactam Saúde Mental de Crianças com Deficiência na Nigéria
Um estudo recente realizado na Nigéria revelou disparidades socioeconômicas significativas no acesso e utilização de dispositivos assistivos (DAs) por crianças com deficiência, impactando diretamente sua saúde mental. A pesquisa, que analisou dados da Pesquisa de Indicadores Múltiplos em Clusters da Nigéria de 2021, destaca a necessidade urgente de uma abordagem abrangente e multissetorial para garantir que todas as crianças com deficiência tenham acesso aos dispositivos de que precisam.
O estudo avaliou o uso de DAs entre crianças de 5 a 17 anos com dificuldades de visão, audição e locomoção. Os resultados mostraram que 43,2% das crianças com dificuldades de visão, 37,2% com dificuldades de audição e 28,9% com dificuldades de locomoção utilizavam DAs. A pesquisa também identificou fatores associados ao uso de DAs, como idade, frequência escolar e nível de escolaridade materna. Surpreendentemente, o uso de DAs foi associado a menores chances de depressão e ansiedade entre as crianças com deficiência. Por exemplo, crianças com dificuldades de visão que utilizavam DAs apresentaram menores chances de depressão e ansiedade em comparação com aquelas que não utilizavam.
Esses resultados enfatizam a importância crucial dos dispositivos assistivos para a inclusão e bem-estar de crianças com deficiência. A falta de acesso a esses dispositivos, devido a barreiras socioeconômicas, não apenas limita a participação dessas crianças na sociedade, mas também afeta negativamente sua saúde mental. É fundamental que governos, organizações não governamentais e outras partes interessadas trabalhem em conjunto para garantir que todas as crianças com deficiência tenham acesso equitativo aos dispositivos assistivos de que necessitam, promovendo assim sua inclusão social e bem-estar emocional. A implementação de políticas e programas que abordem as disparidades socioeconômicas no acesso a DAs é essencial para garantir um futuro mais justo e inclusivo para todas as crianças com deficiência na Nigéria e em outros países com contextos semelhantes.
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