A reabilitação após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) frequentemente envolve o treinamento de tarefas específicas para recuperar habilidades motoras. Uma questão crucial é determinar a intensidade ideal desse treinamento para maximizar os resultados. Uma revisão sistemática e meta-análise recente investigou a eficácia de diferentes intensidades de treinamento direcionado em funções dos membros superiores e inferiores, equilíbrio e qualidade de vida em pacientes pós-AVC.
O estudo analisou dados de 26 ensaios clínicos randomizados, envolvendo um total de 1431 participantes. Os pesquisadores examinaram o impacto de variáveis como frequência, número de sessões, duração e número de repetições do treinamento específico da tarefa. Surpreendentemente, as análises de subgrupos não revelaram efeitos significativos consistentes do treinamento específico da tarefa com base nessas variáveis de dosagem na maioria dos resultados avaliados, incluindo função do braço/mão, função do membro inferior, equilíbrio e qualidade de vida.
Apesar da falta de resultados uniformes, algumas tendências foram observadas. A função da mão apresentou melhora significativa em estudos com mais de 20 sessões de treinamento. Além disso, um efeito significativo na função do braço foi notado com mais de 50 repetições, embora a qualidade da evidência para esta última descoberta tenha sido considerada muito baixa. Em resumo, a pesquisa sugere que a intensidade do treinamento pode ter um impacto, mas mais estudos bem desenhados são necessários para determinar as intensidades ideais e seu impacto na recuperação pós-AVC. A *individualização* do tratamento e a consideração das necessidades específicas de cada paciente são *fundamentais* para otimizar os resultados da reabilitação.
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