Pesquisadores estão lançando luz sobre a complexidade dos transtornos do neurodesenvolvimento (TND), como o autismo, TDAH e TOC, ao identificar subgrupos com características genéticas e biológicas em comum. Essa abordagem inovadora visa superar os desafios impostos pela grande variedade de manifestações desses transtornos, abrindo caminho para terapias mais eficazes e personalizadas.
O estudo, publicado como preprint, utilizou uma combinação de dados de neuroimagem (MRI) de modelos de ratos e de seres humanos com TNDs para identificar padrões consistentes na estrutura do cérebro. Ao comparar as informações de 135 modelos de ratos com dados de mais de 2.200 indivíduos humanos, os pesquisadores conseguiram identificar quatro agrupamentos neuroanatômicos distintos que se repetiam nas duas espécies. Essa descoberta sugere que, apesar da diversidade dos TNDs, existem mecanismos biológicos subjacentes comuns que podem ser alvos de intervenção terapêutica.
O mais interessante é que esses subgrupos não se limitam a um único diagnóstico. Indivíduos com autismo, TDAH e TOC foram encontrados em diferentes agrupamentos, indicando que os TNDs podem ser divididos em clusters neuroanatômicos consistentes com mecanismos biológicos subjacentes coesos. Além disso, os pesquisadores conseguiram associar esses agrupamentos a vias moleculares específicas, como as relacionadas à cromatina/transcrição e à sinalização sináptica. Ao desvendar essas conexões entre a estrutura do cérebro, a genética e o comportamento, o estudo oferece novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos mais direcionados e eficazes para os TNDs, promovendo uma abordagem de medicina de precisão que considera as características individuais de cada paciente. Esta pesquisa representa um avanço significativo na busca por uma compreensão mais profunda e tratamentos mais eficazes para os transtornos do neurodesenvolvimento.
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