A avaliação da eficácia de tratamentos para autismo em crianças tem sido um desafio. As ferramentas de avaliação clínica existentes, conhecidas como COAs, frequentemente falham em capturar de forma precisa os resultados dos tratamentos, especialmente para aqueles que participam de pesquisas clínicas. Isso ocorre porque alguns itens dessas avaliações podem não ser relevantes para todas as pessoas com autismo, enquanto outros instrumentos podem não ser suficientemente abrangentes para abranger a diversidade de experiências.
Uma alternativa promissora é a Escala de Atingimento de Metas (GAS, na sigla em inglês). Essa abordagem inovadora mede experiências individuais com base em objetivos personalizados, oferecendo uma maneira mais individualizada e sensível às mudanças para avaliar os resultados em estudos clínicos. A GAS permite que os objetivos sejam definidos em colaboração com a criança, seus pais e profissionais de saúde, refletindo as necessidades e prioridades únicas de cada indivíduo.
Um estudo recente se concentrou no desenvolvimento de uma nova medida GAS especificamente para uso em estudos de intervenção pediátrica em autismo. A pesquisa envolveu entrevistas qualitativas com adolescentes autistas, pais e médicos para identificar e gerar um conjunto de objetivos personalizados. Os resultados demonstraram que o uso de objetivos personalizados é bem aceito por crianças, adolescentes e pais, e é recomendado por profissionais de saúde tanto para pesquisa quanto para o tratamento. A Escala de Atingimento de Metas pode complementar as ferramentas de avaliação existentes, oferecendo uma abordagem mais individualizada para avaliar os resultados de intervenções em crianças e adolescentes com autismo, focando em áreas como comunicação, socialização e comportamentos restritivos e repetitivos. Essa abordagem representa um avanço significativo na busca por tratamentos mais eficazes e personalizados para o autismo.
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