Um estudo recente investigou a possível ligação entre complicações no parto, especialmente a asfixia neonatal, e o desenvolvimento de Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Atraso Global do Desenvolvimento (AGD) em bebês com Lesão do Plexo Braquial Obstétrica (LPBO). A pesquisa buscou identificar se a incidência de TEA e AGD seria maior nesses pacientes e se haveria fatores de risco maternos ou complicações no parto mais frequentes.
Os pesquisadores acompanharam um grupo de 849 pacientes com LPBO, coletando dados sobre histórico perinatal, fatores maternos, tratamentos e resultados. A análise revelou que, embora a incidência geral de TEA e AGD no grupo com LPBO não fosse significativamente diferente da população em geral, a ocorrência de asfixia neonatal foi significativamente maior em crianças com LPBO que também apresentavam TEA ou AGD. Mais especificamente, 58% das crianças com LPBO e TEA/AGD tiveram histórico de asfixia, em comparação com apenas 15% no grupo com LPBO sem esses transtornos.
Esses achados sugerem que a asfixia neonatal pode ser um fator de risco importante para o desenvolvimento de TEA ou AGD em crianças com LPBO. Embora a pesquisa não estabeleça uma relação causal direta, ela ressalta a importância de os profissionais de saúde estarem atentos a essa possível associação em crianças com histórico de partos complicados e lesão do plexo braquial. A identificação precoce e o acompanhamento adequado podem ser cruciais para otimizar o desenvolvimento dessas crianças.
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