A obesidade é um problema de saúde global que impulsiona a busca por novas estratégias de controle e tratamento. Estudos recentes têm demonstrado que dietas ricas em gordura podem aumentar significativamente o risco de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), principalmente devido à indução de resistência à insulina em tecidos periféricos. Esse cenário é agravado pelo aumento crônico de ácidos graxos livres, que sobrecarrega as células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina, levando à disfunção celular intrínseca através do estresse do retículo endoplasmático (RE).
O estresse do retículo endoplasmático (RE) é um fator crucial na perda de células beta durante o desenvolvimento do DM2. Nesse contexto, o exercício físico tem se destacado como uma ferramenta poderosa e complementar em diversas condições, promovendo a melhora da homeostase da glicose, da captação de oxigênio e do metabolismo. Uma pesquisa recente investigou os efeitos de um programa de treinamento de resistência de 16 semanas em camundongos obesos C57/BL6 alimentados com dieta obesogênica.
Os resultados do estudo revelaram que o treinamento de resistência atenuou os efeitos negativos da dieta obesogênica sobre a homeostase glicêmica, a secreção de insulina e os marcadores de estresse do RE, além de promover a saúde das ilhotas pancreáticas. Esses achados reforçam a ideia de que o exercício físico pode ser uma terapia eficaz para prevenir a morte de células beta em indivíduos obesos com disfunção no metabolismo da glicose e DM2. A prática regular de exercícios pode, portanto, ser uma estratégia valiosa na prevenção e no tratamento do diabetes tipo 2, auxiliando na manutenção da função pancreática e na saúde metabólica geral.
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