Um estudo recente investigou a relação entre a prática de atividade física e os gastos com medicamentos em pacientes hipertensos atendidos em diferentes modelos de atenção primária à saúde na cidade de Presidente Prudente. A pesquisa, publicada na revista Ciência & Saúde Coletiva, analisou dados de 659 participantes com idade igual ou superior a 40 anos, buscando compreender como diferentes abordagens de cuidado impactam tanto o nível de atividade física quanto os custos associados ao tratamento da hipertensão.
Os participantes foram divididos em três grupos, cada um representando uma modalidade diferente de atenção primária: Atenção Primária, Atenção Primária+ e Atenção Primária+PE. Os dados sobre atividade física, presença de outras doenças e despesas com medicamentos foram coletados por meio de entrevistas telefônicas e consulta aos prontuários eletrônicos dos pacientes. A análise estatística revelou que a presença de outras doenças era mais comum nos pacientes atendidos pela modalidade Atenção Primária+PE. Mais importante, observou-se uma relação negativa entre atividade física e gastos com medicamentos nas modalidades Atenção Primária+ e Atenção Primária+PE.
Essa relação negativa significa que, nessas modalidades, os pacientes mais ativos fisicamente tendiam a ter menores gastos com medicamentos. Após ajustes para fatores como gênero, idade, índice de massa corporal e número de outras doenças, a relação permaneceu estatisticamente significativa apenas na modalidade Atenção Primária+PE. Esse achado sugere que a modalidade Atenção Primária+PE pode ser particularmente eficaz em promover a atividade física e, consequentemente, reduzir os custos com medicamentos para pacientes hipertensos. Em resumo, o estudo destaca a importância da atividade física como um componente chave no manejo da hipertensão e aponta para a necessidade de investigar mais a fundo as características da modalidade Atenção Primária+PE que contribuem para esse resultado positivo.
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