Intervenção por Telemedicina Melhora Alimentação de Crianças Autistas

Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam dificuldades alimentares, que podem gerar estresse significativo para os pais e cuidadores. Um estudo recente investigou a viabilidade e o impacto de um programa de intervenção mediado por cuidadores, utilizando a telemedicina, para auxiliar crianças autistas com esses desafios.

O estudo acompanhou um menino de 28 meses com TEA e dificuldades alimentares, juntamente com seus cuidadores. Eles participaram do programa “Engaged Eaters Program-Early Development (EEP-ED)”, entregue remotamente através de telemedicina. A pesquisa avaliou a satisfação dos pais, a eficácia da telemedicina como método de intervenção, o alcance de metas alimentares centradas na família, a redução do estresse parental e o aumento da competência dos pais em lidar com os problemas de alimentação da criança. Os resultados demonstraram que as metas alimentares focadas na família foram alcançadas, incluindo a expansão do repertório alimentar da criança em 14 novos alimentos e a conquista da autonomia para beber e comer sozinha. Além disso, a mãe relatou alta satisfação com o programa, diminuição do estresse parental e maior confiança em suas habilidades como cuidadora.

Este estudo de caso sugere que intervenções mediadas por cuidadores, entregues através da telemedicina, podem ser uma abordagem viável e eficaz para enfrentar os desafios alimentares de crianças autistas. A telemedicina oferece a conveniência de receber suporte e orientação no conforto do lar, eliminando barreiras geográficas e facilitando o acesso a serviços especializados. A participação ativa dos cuidadores no processo terapêutico é fundamental para o sucesso da intervenção, permitindo que eles aprendam estratégias e técnicas para promover hábitos alimentares saudáveis em seus filhos. Programas como o EEP-ED representam uma promissora ferramenta para melhorar a qualidade de vida de crianças autistas e suas famílias, oferecendo soluções práticas e acessíveis para os desafios relacionados à alimentação. A continuidade de pesquisas nessa área é essencial para fortalecer a base de evidências e aprimorar as intervenções disponíveis.

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