A relação entre epilepsia e Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido objeto de estudo, buscando compreender as características da epilepsia em crianças com autismo. Uma pesquisa recente analisou dados de 74 pacientes com TEA que desenvolveram epilepsia, buscando identificar padrões específicos e a melhor abordagem para o tratamento.
O estudo revelou que não há um fenótipo de epilepsia específico associado ao TEA. Os tipos de epilepsia e síndromes observados nos pacientes com autismo foram semelhantes aos encontrados na população geral. Entre os participantes, foram identificados casos de epilepsias focais (58,1%), epilepsias generalizadas (25,7%) e encefalopatias epilépticas (10,8%). As epilepsias focais foram as mais comuns, seguidas pelas generalizadas, incluindo diferentes tipos de crises, como crises tônico-clônicas generalizadas, epilepsia mioclônica juvenil e epilepsia de ausência. Uma pequena porcentagem dos pacientes apresentava epilepsias combinadas, tanto focais quanto generalizadas.
A pesquisa enfatiza a importância de uma abordagem integrada no tratamento de crianças com TEA e epilepsia. O manejo deve considerar tanto as características da epilepsia quanto as complexidades inerentes ao autismo. Isso significa que o tratamento não deve se limitar ao controle das crises epilépticas, mas também abordar as necessidades específicas relacionadas ao desenvolvimento, comportamento e comunicação da criança. Uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e outros profissionais, pode ser fundamental para oferecer um cuidado abrangente e personalizado.
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