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A crescente incidência de autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em todo o mundo tem despertado o interesse de pesquisadores em identificar fatores de risco modificáveis. Estudos recentes sugerem uma possível ligação entre o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e o desenvolvimento desses distúrbios, possivelmente mediada pela exposição a metais pesados e deficiências nutricionais que afetam a expressão gênica.

Um dos genes sob investigação é o da metalotioneína (MT), responsável pela produção de proteínas que desempenham um papel crucial na detoxificação de metais pesados. Biomarcadores indicam que a deficiência de zinco na dieta pode afetar os níveis de proteína MT em crianças com autismo, estando associada ao acúmulo de chumbo e/ou mercúrio. Essa bioacumulação, por sua vez, pode exacerbar os sintomas de autismo e TDAH. A epigenética nutricional, que estuda como a dieta pode influenciar a expressão dos genes, surge como uma área promissora para intervenções preventivas.

Uma abordagem proposta envolve a realização de estudos randomizados controlados para avaliar o impacto de mudanças na dieta sobre a exposição a metais pesados e o comportamento do gene MT. Gestantes em um grupo de teste participariam de um curso de educação sobre epigenética nutricional, visando reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e os níveis de metais pesados no sangue, ao mesmo tempo em que aumentariam a ingestão de alimentos integrais e os níveis de MT e zinco. As mudanças na dieta materna seriam monitoradas por meio de questionários online. Os níveis de chumbo, mercúrio, zinco e MT na corrente sanguínea materna seriam medidos antes da intervenção e no sangue do cordão umbilical após o parto, buscando identificar fatores de risco para o bebê. Essa estratégia busca identificar biomarcadores que possam prever e prevenir o desenvolvimento de autismo e TDAH através de intervenções dietéticas direcionadas.

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