Um estudo recente revelou uma variação significativa nas práticas de reabilitação para pacientes submetidos à cirurgia lombar no Reino Unido. A pesquisa, realizada com fisioterapeutas, investigou a oferta de reabilitação antes, durante e após cirurgias como discectomias, laminectomias e fusões de nível único. Os resultados apontam para uma necessidade urgente de padronização e aprimoramento dos cuidados.
A pesquisa revelou que a oferta rotineira de reabilitação pré-operatória (preabilitação) é baixa, atingindo apenas 18% dos casos. Em contraste, a reabilitação peri-operatória (durante a internação) e pós-operatória é oferecida com maior frequência, em mais de 60% dos casos. A reabilitação é predominantemente realizada presencialmente, em sessões individuais. A preabilitação foca na educação do paciente e na otimização da saúde física e mental. A reabilitação peri-operatória concentra-se na mobilidade segura, enquanto a pós-operatória visa melhorar a função do paciente.
O estudo também destacou que aconselhamento e educação são as intervenções mais comuns em todas as fases da reabilitação. A prescrição de exercícios é frequente nas fases peri e pós-operatórias. Além disso, 62% dos participantes da pesquisa relataram aconselhar restrições de atividades após a cirurgia. As restrições mais comuns incluem evitar levantar peso, dirigir, caminhar por longos períodos, sentar-se por muito tempo e movimentos bruscos das costas. No entanto, os prazos para essas restrições variam consideravelmente, indicando a falta de consenso e a necessidade de diretrizes mais claras e baseadas em evidências para a reabilitação pós-cirurgia lombar no Reino Unido. A pesquisa aponta para a necessidade de diretrizes atualizadas e adaptadas ao contexto do sistema de saúde do Reino Unido, além de mais estudos sobre barreiras à implementação, impacto das restrições pós-operatórias e intervenções de reabilitação personalizadas.
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