Poluição e AVC: Estudo Surpreende ao Não Encontrar Relação Direta em Área de Baixa Poluição

A relação entre a poluição do ar e a saúde cardiovascular tem sido amplamente documentada. No entanto, um estudo recente realizado na Suécia, uma região conhecida por seus baixos níveis de poluição, desafiou algumas expectativas ao não encontrar associações significativas entre a exposição a poluentes ambientais e a gravidade ou tipo de acidente vascular cerebral (AVC).

A pesquisa, publicada no periódico Scientific Reports, analisou dados de mais de 4.000 pacientes que sofreram AVC e foram admitidos em um hospital universitário entre 2014 e 2019. Os pesquisadores examinaram a exposição dos participantes a ruído do tráfego rodoviário, material particulado inalável (PM10) e óxidos de nitrogênio (NOx) durante um período de um a dez anos antes do AVC. A gravidade do AVC foi avaliada usando a Escala de AVC do National Institutes of Health, e os tipos de AVC foram classificados como isquêmico ou hemorrágico.

Os resultados mostraram que, apesar da crescente evidência que liga a poluição do ar e a exposição ao ruído a eventos cardiovasculares, não houve correlação estatisticamente significativa entre os níveis de poluição e a gravidade ou tipo de AVC nesta população específica. Os autores sugerem que a ausência de associações pode ser atribuída aos baixos níveis gerais de exposição a poluentes e à baixa variação desses fatores ambientais na área estudada. É importante ressaltar que este estudo se concentrou em uma região com níveis de poluição relativamente baixos, o que pode limitar a generalização dos resultados para áreas com maior poluição. Estudos futuros em diferentes ambientes são necessários para confirmar ou refutar esses achados e para entender melhor a complexa interação entre fatores ambientais e saúde cardiovascular.

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