A modulação condicionada da dor (CPM) é um mecanismo pelo qual o corpo reduz a sensação de dor em resposta a um estímulo doloroso em outra parte do corpo. Pesquisadores têm explorado como fatores cognitivos, como foco atencional, distração e expectativas, influenciam a eficácia da CPM. Um estudo recente investigou se esses fatores cognitivos afetam a magnitude da CPM e se diferentes protocolos (paralelo vs. sequencial) resultam em diferentes níveis de modulação da dor.
O estudo envolveu 72 adultos saudáveis que participaram de uma avaliação cruzada randomizada da CPM. Os participantes foram submetidos a avaliações do limiar de pressão da dor (o estímulo de teste) em resposta à imersão em água quente (o estímulo condicionante). Quatro protocolos experimentais foram utilizados: um protocolo paralelo neutro, um protocolo sequencial neutro, um protocolo sequencial com foco atencional na intensidade da dor induzida pelo estímulo condicionante e um protocolo sequencial com distração atencional do estímulo condicionante. As expectativas de dor foram registradas antes de cada protocolo.
Os resultados revelaram que o foco atencional no estímulo condicionante durante a avaliação da CPM resultou em menores magnitudes de CPM em comparação com a ausência de manipulação atencional ou distração do estímulo condicionante. A distração do estímulo condicionante não afetou a magnitude da CPM em comparação com a ausência de manipulação atencional, nem as expectativas a priori. Embora as magnitudes da CPM não fossem estatisticamente diferentes entre os protocolos CPM paralelo e sequencial, um protocolo sequencial forneceu magnitudes médias e taxas de resposta mais altas. Os autores recomendam que, para evitar a redução do efeito inibitório, a intensidade da dor do estímulo condicionante não seja avaliada durante a sua aplicação. Além disso, eles recomendam um protocolo sequencial sobre um protocolo paralelo, pois o sequencial oferece uma representação mais clara da modulação da dor, livre de fontes atencionais de vieses.
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