A osteoartrite, uma condição degenerativa das articulações, afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir fisioterapia, acompanhamento médico e, crucialmente, intervenções nutricionais. Um estudo recente investigou a experiência de pacientes com osteoartrite que participaram de um programa de acompanhamento dietético em uma clínica de fisioterapia ortopédica na Austrália, com o objetivo de avaliar o impacto da dieta e do peso no manejo da doença.
A pesquisa, conduzida através da análise retrospectiva de prontuários médicos, acompanhou 38 pacientes durante um período de 12 meses. Os resultados revelaram que, em média, os pacientes permaneceram sob cuidados dietéticos por 182 dias, com aproximadamente 5 consultas cada. Um terço dos pacientes (32%) alcançou uma perda de peso clinicamente significativa, definida como uma redução superior a 5% do peso corporal. Enquanto isso, 58% dos pacientes não apresentaram alterações significativas no peso e 11% ganharam peso.
Uma análise mais aprofundada revelou uma possível ligação entre o tipo de dieta recomendada e o sucesso na perda de peso. Metade dos pacientes que obtiveram perda de peso significativa haviam sido orientados a seguir uma dieta com restrição calórica muito baixa, em comparação com apenas 19% no grupo que não perdeu peso. Embora as mudanças nos hábitos alimentares, como o aumento no consumo de frutas e vegetais e a redução de alimentos processados, não tenham atingido significância estatística, os dados sugerem uma tendência positiva. O estudo conclui que, apesar dos resultados limitados, a clínica oferece tratamentos nutricionais variados, porém com uso intensivo de recursos, indicando áreas de melhoria no atendimento a pacientes com osteoartrite, enfatizando a importância de abordagens nutricionais personalizadas e eficazes para o manejo da condição.
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