Autismo e Saúde Bucal: Estudo Avalia Fatalismo e Autoconfiança em Cuidadores

A saúde bucal de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma área que exige atenção especial. Um estudo recente publicado no periódico Pediatric Dentistry investigou a relação entre o fatalismo em relação à saúde bucal (crença de que problemas dentários são inevitáveis) e a autoconfiança dos cuidadores na promoção da higiene oral de seus filhos com TEA.

A pesquisa acompanhou 118 famílias de baixa renda com crianças diagnosticadas com TEA, participantes de um estudo clínico randomizado que avaliava a eficácia de um programa de treinamento para pais em comparação com um material educativo sobre higiene bucal. Os pesquisadores analisaram as mudanças nas crenças dos cuidadores sobre a saúde bucal de seus filhos em três momentos: no início do estudo, após três meses e após seis meses. Os resultados revelaram que, embora não houvesse diferença estatisticamente significativa entre os grupos (treinamento versus material educativo), houve uma melhora geral nas crenças dos cuidadores ao longo do tempo.

Especificamente, o estudo observou que, no início da pesquisa, 25% dos cuidadores discordavam da afirmação de que ‘a maioria das crianças eventualmente desenvolve cáries’. Após seis meses, esse número aumentou para 34%. Além disso, a autoconfiança dos cuidadores em relação à saúde bucal de seus filhos também melhorou ao longo do tempo. Esses achados sugerem que intervenções, mesmo as mais simples como o fornecimento de materiais educativos, podem ter um impacto positivo nas crenças e na autoconfiança dos cuidadores, o que, por sua vez, pode levar a melhores hábitos de higiene oral e, consequentemente, a uma melhor saúde bucal para crianças com TEA. É fundamental que pais e cuidadores busquem orientação profissional e adotem estratégias adequadas para garantir a saúde bucal dessas crianças.

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