A atrofia muscular relacionada à idade, conhecida como sarcopenia, é um problema crescente que afeta a qualidade de vida de muitos idosos. Essa condição está frequentemente associada à inflamação crônica e a uma função comprometida da autofagia, um processo celular essencial para a remoção de componentes danificados. No entanto, novas pesquisas apontam para uma solução promissora: o treinamento de resistência.
Um estudo recente investigou os efeitos do treinamento de resistência em um modelo de envelhecimento em camundongos. Os resultados revelaram que o treinamento de resistência não apenas aumentou a massa muscular e a força, mas também reduziu a inflamação e melhorou a autofagia. Especificamente, o estudo observou um aumento no peso dos músculos gastrocnêmio e quadríceps, bem como no número de fibras musculares e na sua área de secção transversal. Adicionalmente, a capacidade de carga máxima e a força de preensão dos animais também aumentaram significativamente, indicando uma melhora geral na qualidade e força muscular.
O estudo também investigou os mecanismos por trás desses benefícios. Foi demonstrado que o treinamento de resistência promove a polarização de macrófagos M2, um tipo de célula imune associada à resolução da inflamação. Além disso, o treinamento de resistência reduziu os níveis de mensageiros inflamatórios como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e o fator nuclear kappa B (NF-κB), enquanto aumentou os níveis de interleucina-6 (IL-6) e interleucina-10 (IL-10), citocinas com propriedades anti-inflamatórias. A pesquisa sugere que o treinamento de resistência modula vias importantes como mTORC1 e AMPK, que desempenham um papel fundamental na regulação da massa muscular e da função celular em idosos, oferecendo uma nova esperança para combater a atrofia muscular e melhorar a saúde geral nessa população.
Origem: Link