Um estudo recente investigou a relação entre a dieta e os resultados da doença em pacientes com espondiloartrite axial radiográfica (r-axSpA), uma condição inflamatória crônica que afeta principalmente a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas. A pesquisa, publicada no Scandinavian Journal of Rheumatology, avaliou a ingestão alimentar de pacientes e comparou com um grupo controle, analisando o impacto na inflamação e na atividade da doença.
O estudo transversal envolveu 295 pacientes com r-axSpA na Suécia, comparando-os com 604 indivíduos saudáveis. Os pesquisadores utilizaram o questionário de frequência alimentar MiniMealQ para avaliar a ingestão dietética dos participantes. Os resultados indicaram que os pacientes com r-axSpA apresentaram uma qualidade alimentar inferior em comparação com o grupo controle, com menor densidade de fibra alimentar e menor ingestão de ácidos graxos ômega-3 marinhos, além de diversos nutrientes essenciais como cálcio, folato, iodo, fósforo, potássio, selênio e vitaminas A, C e K.
Além disso, o estudo revelou associações significativas entre a ingestão de certos nutrientes e os indicadores da doença. Uma menor ingestão de ácidos graxos ômega-3 marinhos foi associada a uma maior atividade da doença, medida pelo Ankylosing Spondylitis Disease Activity Score (ASDAS), enquanto uma menor densidade de fibra alimentar foi associada a níveis elevados de proteína C-reativa (CRP), um marcador de inflamação. Esses achados sugerem que a dieta pode desempenhar um papel importante na modulação da atividade da doença e da inflamação em pacientes com r-axSpA, abrindo caminhos para futuras intervenções dietéticas que visem melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. É importante ressaltar que mais pesquisas são necessárias para explorar os biomarcadores metabólicos e os resultados da doença a longo prazo, bem como para avaliar o impacto de uma intervenção dietética voltada para a promoção da saúde.
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