A distonia, um distúrbio do movimento significativo na infância, pode trazer diversas complicações, incluindo a disfagia, que é a dificuldade de engolir. Um estudo recente investigou a prevalência e a gravidade da disfagia em crianças com distonia, revelando dados importantes sobre a necessidade de monitoramento e intervenção precoce.
A pesquisa envolveu 25 crianças com distonia, avaliando suas funções de deglutição por meio de diversos testes e escalas. Os resultados indicaram que quase todas as crianças apresentavam algum grau de disfagia, com uma parcela significativa demonstrando disfagia grave e alto risco de aspiração, que é quando alimentos ou líquidos entram nas vias respiratórias. A avaliação incluiu a análise da estrutura oral, desempenho da mastigação e segurança da deglutição, utilizando ferramentas como a Escala de Ingestão Oral Funcional (FOIS) e o Teste de Deglutição de Água de 3 onças.
Diante desse cenário, o estudo reforça a importância da vigilância constante das estruturas e funções orais em crianças com distonia. A avaliação contínua do desempenho da deglutição é fundamental para garantir uma alimentação oral segura e para minimizar complicações potencialmente fatais. Intervenções precoces, como terapia fonoaudiológica, podem ser cruciais para melhorar a função de deglutição, reduzir o risco de aspiração e garantir a qualidade de vida desses pacientes. A identificação e o manejo adequados da disfagia são, portanto, componentes essenciais no cuidado integral de crianças com distonia.
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