Fadiga e Desempenho: Como a Automação Afeta a Detecção de Ameaças Submarinas

Em ambientes complexos como operações militares, a integração da automação levanta questões cruciais sobre seu impacto no desempenho humano, especialmente em condições de fadiga. Um estudo recente investigou como o uso de sistemas automáticos de identificação de alvos (ATC) afeta a capacidade de detectar ameaças submarinas (UTD) sob privação de sono, uma realidade comum em operações prolongadas.

A pesquisa envolveu militares ativos que realizaram tarefas de UTD simuladas, com e sem o auxílio de um sistema ATC imperfeito, durante um período de aproximadamente 24 horas sem dormir. Os resultados indicaram que, embora o ATC não tenha melhorado significativamente o desempenho quando os participantes estavam alertas, a precisão na detecção foi mantida mesmo com o aumento da fadiga. Isso sugere que a automação pode oferecer uma certa proteção contra a degradação do desempenho básico em tarefas críticas.

No entanto, o estudo também revelou que a fadiga teve um impacto negativo na metacognição, ou seja, na capacidade de avaliar o próprio desempenho. Os participantes demonstraram maior confiança em falsos alarmes e menor confiança no sistema ATC à medida que a fadiga aumentava. Isso demonstra que, embora a automação possa ajudar a manter o desempenho em um nível básico, ela não impede o declínio de processos cognitivos superiores, como a precisão metacognitiva e a confiança na tecnologia. Essa descoberta enfatiza a importância de compreender a interação entre a automação e o estado cognitivo dos operadores, particularmente em situações de fadiga, para otimizar o uso da tecnologia em operações de risco.

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