Sentimentos Negativos sobre Vacinas: Um Estudo Pré-Pandemia na África do Sul
Antes da pandemia de COVID-19, a hesitação em relação à vacinação já era um tema presente nas redes sociais sul-africanas, embora não tão amplamente documentada em publicações científicas sobre a adesão à vacinação infantil. Um estudo recente investigou esses sentimentos negativos expressos online antes de 2020, oferecendo uma perspectiva valiosa sobre as atitudes pré-existentes em relação às vacinas.
A pesquisa analisou postagens em diversas plataformas de mídia social, incluindo o Twitter (agora X), fóruns de notícias online e microblogs, entre dezembro de 2016 e maio de 2017. Os pesquisadores identificaram e categorizaram os sentimentos expressos em relação às vacinas, utilizando análise de conteúdo para determinar a prevalência de opiniões negativas e, posteriormente, conduziram uma análise temática mais aprofundada dessas postagens. Os resultados revelaram que, de um total de 10.997 postagens sobre vacinas humanas, 16,2% expressavam sentimentos negativos.
O estudo também identificou que a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) atraiu uma parcela significativa dos comentários negativos, representando 31,9% de todas as postagens com esse tipo de sentimento. As principais preocupações levantadas incluíam a segurança das vacinas, associações infundadas com o autismo, questionamentos sobre sua eficácia, teorias da conspiração e objeções filosóficas ou religiosas. É importante ressaltar que muitas dessas postagens negativas continham links para artigos originários de outros países, principalmente dos Estados Unidos. Este estudo fornece uma base crucial para comparar com pesquisas futuras realizadas após a pandemia e para avaliar o impacto das políticas globais implementadas para combater a desinformação sobre vacinas na África do Sul.
Origem: Link