A lesão do plexo braquial traumática (LPBT) é uma condição debilitante que afeta a rede de nervos responsável pela sensibilidade e movimentação do braço e da mão. Um estudo recente investigou as principais limitações físicas e funcionais, bem como a qualidade de vida, de adultos diagnosticados com LPBT durante a primeira consulta médica especializada. Essa pesquisa destaca a importância de compreender o impacto dessa lesão desde o início do tratamento, especialmente no contexto do Nordeste brasileiro, onde estudos sobre o tema ainda são escassos.
O estudo transversal revelou um perfil predominante de homens jovens, em idade produtiva, com uma média de 34 anos, que sofreram lesões totais do plexo braquial, principalmente devido a acidentes de moto. Uma parcela significativa desses pacientes residia longe da capital, enfrentava dores neuropáticas intensas e apresentava restrições consideráveis na amplitude de movimento. A avaliação da funcionalidade, através do questionário DASH (Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand), revelou pontuações elevadas, indicando um alto grau de incapacidade. A análise da qualidade de vida, por meio do questionário WHOQOL-BREF, apontou o domínio físico como o mais afetado.
Esses resultados sublinham a necessidade de intervenções precoces e abrangentes para minimizar o impacto da LPBT na vida dos pacientes. A identificação precoce das limitações físicas e funcionais permite o desenvolvimento de planos de tratamento individualizados, focados na reabilitação da força muscular, na restauração da amplitude de movimento e no alívio da dor. Além disso, o estudo ressalta a importância do suporte psicossocial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, abordando as dificuldades emocionais e sociais associadas à lesão. A proximidade do paciente com centros de reabilitação e a disponibilidade de tratamento especializado são fatores cruciais para um prognóstico favorável e para a reintegração efetiva desses indivíduos à sociedade.
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