Calorimetria Indireta vs. Equações Ponderais na Doença de Crohn: Qual o Melhor Método para Avaliar o Gasto Energético?

A doença de Crohn (DC) frequentemente leva a deficiências nutricionais devido aos seus sintomas e à resposta inflamatória intensa que provoca. Avaliar com precisão as necessidades energéticas de pacientes com DC é crucial, e a calorimetria indireta (CI) surge como uma ferramenta valiosa para determinar o gasto energético em repouso (GER) de forma mais precisa.

Um estudo recente comparou o GER medido por CI em pacientes com DC em diferentes fases da doença com o gasto energético total (GET) calculado por equações simples baseadas no peso (30 kcal/kg e 35 kcal/kg). Os resultados indicaram que não houve concordância entre os valores obtidos pelos dois métodos. As equações ponderais, em geral, superestimaram o gasto energético em comparação com a CI. A fórmula de 30 kcal/kg apresentou uma concordância ligeiramente melhor com a CI, mas ainda considerada baixa.

A pesquisa sugere que a CI pode ser mais vantajosa para pacientes mais jovens, com menor índice de massa corporal (IMC) ou diagnosticados em idade mais precoce, devido à maior discrepância entre os métodos nesses casos. Para outros pacientes, a fórmula de 30 kcal/kg pode ser uma opção prática e acessível. No entanto, a calorimetria indireta permanece como o padrão ouro para uma avaliação mais precisa do gasto energético, otimizando o suporte nutricional e o cuidado individualizado. Foi observada uma correlação direta entre o gasto energético e os níveis de hemoglobina, e uma correlação inversa com a idade e a idade ao diagnóstico da DC. O estudo não encontrou correlações significativas entre o gasto energético e o comportamento, localização ou atividade da doença de Crohn.

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