Exercício físico: um aliado na recuperação cognitiva de sobreviventes ao câncer de mama

O comprometimento cognitivo relacionado ao câncer (CRCI) é um efeito colateral comum em sobreviventes do câncer de mama, impactando a qualidade de vida e o bem-estar geral. Estudos recentes têm explorado o potencial do exercício físico como uma intervenção promissora para mitigar esses efeitos. Uma revisão sistemática com meta-análise investigou o impacto de programas de exercícios na função cognitiva dessas mulheres.

A pesquisa, que analisou dados de 11 ensaios clínicos randomizados envolvendo 890 participantes, revelou que o exercício físico tem efeitos significativos na melhora da atenção e da memória de trabalho. Os resultados também indicaram benefícios para a função executiva, habilidades cognitivas auto relatadas e redução de queixas cognitivas. Esses achados sugerem que a prática regular de exercícios pode desempenhar um papel crucial na reabilitação cognitiva de pacientes que passaram pelo tratamento do câncer de mama.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores ressaltam a necessidade de maior padronização nas ferramentas de avaliação cognitiva utilizadas nos estudos. A heterogeneidade observada destaca a importância de combinar questionários auto relatados validados e testes neuropsicológicos para uma avaliação mais abrangente. A integração de programas de exercícios nos cuidados de acompanhamento de sobreviventes do câncer de mama pode ser uma estratégia eficaz para promover a saúde cognitiva e melhorar a qualidade de vida dessas pacientes. Mais pesquisas são necessárias para determinar os tipos de exercícios mais eficazes, a intensidade ideal e a duração ideal dos programas para maximizar os benefícios cognitivos.

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