Genes do Receptor de Melatonina: Uma Peça-Chave no Tratamento do Sono em Crianças Autistas?

Distúrbios do sono são comuns em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), impactando significativamente sua qualidade de vida e a de suas famílias. Um novo estudo investigou a possível ligação entre variações genéticas nos genes dos receptores de melatonina (MT1 e MT2) e a suscetibilidade ao TEA, a gravidade clínica e os problemas de sono associados.

A pesquisa, publicada no International Journal of Molecular Sciences, analisou amostras de DNA de 139 crianças com TEA, 82 irmãos e 53 controles saudáveis, todos de ascendência Sarda. Os cientistas focaram em seis polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes MT1 e MT2, que desempenham um papel crucial na regulação do ciclo sono-vigília. Os resultados indicaram que uma variante específica no gene MT2 (rs10830963 G) é mais prevalente em crianças com TEA e seus irmãos, sugerindo uma possível predisposição genética. Além disso, outras variantes nos genes MT1 (rs2119882) e MT2 (rs1562444) foram associadas a diferentes tipos de distúrbios do sono, como dificuldade em iniciar o sono (DIMS), despertares noturnos (DA) e sono excessivamente curto (SHY).

O estudo também avaliou a eficácia de um programa de reabilitação do sono, incluindo terapia comportamental e higiene do sono, em 38 crianças com TEA e problemas de sono. Curiosamente, os pesquisadores observaram que crianças com certas variantes genéticas nos genes MT1 e MT2 apresentaram uma resposta menos favorável ao tratamento em relação aos sintomas de DIMS e SHY. Esses achados sugerem que a genética pode influenciar a forma como as crianças com TEA respondem às intervenções para melhorar o sono, abrindo caminho para tratamentos mais personalizados e eficazes no futuro. A identificação de marcadores genéticos preditivos pode permitir o desenvolvimento de terapias direcionadas, otimizando os resultados e melhorando a qualidade de vida dessas crianças e suas famílias.

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