A fibrose submucosa oral (FSOM) é uma condição crônica e progressiva que afeta a cavidade oral, caracterizada por fibrose dos tecidos moles, trismo (dificuldade em abrir a boca) e sensação de queimação. Essa condição pode impactar significativamente a qualidade de vida do paciente, afetando a fala, a alimentação e a higiene bucal. Diante desse cenário, a busca por tratamentos eficazes e minimamente invasivos é constante.
Um estudo recente avaliou a eficácia da fisioterapia como tratamento conservador para a FSOM. Cinquenta pacientes com FSOM participaram de um programa de exercícios fisioterapêuticos diários, utilizando abaixadores de língua (palitos de sorvete) durante seis meses. A abertura da boca foi medida no início do estudo, após um mês, três meses e seis meses. Adicionalmente, os níveis de dor foram avaliados utilizando a Escala Visual Analógica (EVA). Os resultados indicaram que a fisioterapia promoveu um aumento moderado na abertura da boca. No entanto, o alívio da dor e a melhora geral dos sintomas foram limitados. A adesão ao tratamento também se mostrou um desafio, devido ao desconforto experimentado pelos pacientes durante os exercícios.
Apesar dos resultados moderados, a fisioterapia demonstra ser uma opção de tratamento viável e conservadora para a FSOM. Entretanto, o estudo destaca a importância de combinar a fisioterapia com outras terapias adjuvantes para otimizar o controle dos sintomas e garantir uma eficácia a longo prazo. Abordagens multidisciplinares, que incluem o uso de medicamentos, intervenções cirúrgicas (em casos selecionados) e acompanhamento nutricional, podem ser mais eficazes no tratamento da FSOM. É crucial que os pacientes busquem orientação de profissionais de saúde qualificados para determinar o plano de tratamento mais adequado para suas necessidades individuais.
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