As lesões do manguito rotador, especialmente as parciais, são uma condição comum, porém frequentemente subdiagnosticada, que afeta a saúde do ombro e a qualidade de vida de muitos indivíduos. Essas lesões podem causar dor significativa, limitação da amplitude de movimento e comprometimento funcional, impactando tanto atletas quanto pessoas mais velhas e menos ativas. A progressão dessas lesões, se não tratadas adequadamente, pode levar a rupturas completas e condições degenerativas mais graves.
A identificação precisa da localização e da extensão da lesão parcial do manguito rotador é crucial para determinar o plano de tratamento mais adequado. Essas lesões podem ocorrer na face bursal, articular ou no interior do tendão. O diagnóstico envolve uma combinação de exame físico detalhado, histórico clínico do paciente e o uso de exames de imagem avançados, como ultrassonografia e ressonância magnética (RM). Em alguns casos, a artroscopia diagnóstica pode ser necessária para uma avaliação mais precisa. A não detecção dessas lesões pode resultar em atraso no tratamento e progressão da condição.
O tratamento inicial para lesões parciais do manguito rotador geralmente envolve abordagens conservadoras, com o objetivo de aliviar a dor e melhorar a função do ombro. Essas abordagens podem incluir fisioterapia, que visa fortalecer os músculos ao redor do ombro e melhorar a amplitude de movimento, e o uso de terapias regenerativas, como o Plasma Rico em Plaquetas (PRP). Injeções de corticosteroides podem ser consideradas para alívio da dor a curto prazo, embora seu uso deva ser cauteloso. Caso o tratamento conservador não seja eficaz após um período de três a seis meses, a reparação cirúrgica artroscópica pode ser indicada. A intervenção cirúrgica, seguida por um programa de reabilitação estruturado, frequentemente leva a resultados funcionais excelentes, restaurando a saúde e a função do ombro.
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