Um estudo recente investigou a eficácia de uma intervenção combinada, que integra tratamento farmacológico e terapia comportamental, na reabilitação de crianças diagnosticadas com autismo. A pesquisa destaca a importância de abordagens de tratamento individualizadas, visando otimizar os resultados para cada paciente.
No estudo, 96 crianças hospitalizadas, com idades entre 3 e 8 anos e diagnóstico de autismo, foram divididas aleatoriamente em dois grupos: um grupo experimental e um grupo de controle. O grupo de controle recebeu as intervenções convencionais, que incluíam treinamento sistemático de linguagem, terapia comportamental e exercícios de interação social. Já o grupo experimental recebeu, adicionalmente, intervenções farmacológicas individualizadas, com medicamentos como ansiolíticos (por exemplo, alprazolam) e antipsicóticos (por exemplo, risperidona). As doses desses medicamentos foram ajustadas para cada criança, levando em consideração fatores como idade, peso e gravidade dos sintomas.
Os resultados demonstraram que o grupo experimental apresentou melhorias significativas nas habilidades sociais e na capacidade de autocuidado. Além disso, observou-se uma redução notável nos comportamentos estereotipados e uma diminuição maior nas pontuações do Aberrant Behavior Checklist (ABC) em comparação com o grupo de controle. Esses avanços foram alcançados com efeitos colaterais gerenciáveis e monitorados de perto. A adição da intervenção farmacológica às terapias convencionais proporciona benefícios terapêuticos aprimorados na reabilitação de crianças com autismo, impactando positivamente sintomas centrais, como comunicação social e manejo comportamental. A pesquisa sugere que essa abordagem pode ser integrada à prática clínica, mas ressalta a necessidade de mais estudos para otimizar os protocolos de tratamento individualizados e avaliar os resultados a longo prazo.
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