Fisioterapia e Demência: Preferências de Idosos em Casas de Repouso

A fisioterapia desempenha um papel crucial na manutenção da funcionalidade de idosos, especialmente aqueles que vivem em casas de repouso e enfrentam condições como a demência. Um estudo recente explorou as necessidades e preferências desses residentes em relação às intervenções fisioterapêuticas, buscando entender como otimizar a adesão e eficácia desses tratamentos.

A pesquisa revelou que idosos com demência leve a moderada têm preferências claras sobre como as sessões de fisioterapia são conduzidas, a comunicação com os profissionais e o envolvimento de familiares. Eles demonstraram preferência por abordagens que incorporassem exercícios e orientação focados na preservação da sua independência física. Além disso, a fisioterapia foi vista como algo mais intenso do que aulas de exercícios em grupo, indicando que nem todos os residentes a consideram adequada para si. Um ponto interessante é que, desde que a segurança e a qualidade fossem garantidas, os participantes mostraram disposição para realizar exercícios de forma independente. A comunicação também se mostrou essencial, com muitos expressando o desejo de que seus familiares fossem informados sobre o andamento da terapia, embora preferissem se exercitar na companhia de outros.

Essas descobertas sugerem que a individualização do tratamento é fundamental. Ao levar em consideração as preferências dos residentes em relação ao tipo de exercício, à forma de comunicação e ao envolvimento familiar, os fisioterapeutas podem aumentar significativamente a adesão e os resultados positivos das intervenções. Além disso, o estudo aponta para uma possível mudança no papel do fisioterapeuta, que passaria a atuar mais como um supervisor e orientador, em vez de focar exclusivamente em abordagens práticas. Essa mudança de paradigma poderia permitir que mais idosos com demência se beneficiassem dos exercícios, mantendo sua funcionalidade e qualidade de vida por mais tempo. É crucial que os profissionais de saúde estejam atentos a essas preferências e adaptem suas práticas para atender às necessidades individuais de cada paciente.

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