A prática de exercícios físicos tem se mostrado uma ferramenta valiosa na recuperação de pacientes com câncer de próstata. No entanto, um estudo recente explorou as complexidades da promoção do exercício nesse grupo, revelando disparidades significativas entre pacientes atendidos em sistemas de saúde públicos e privados.
A pesquisa, realizada na Cidade do Cabo, África do Sul, com sobreviventes de câncer de próstata, identificou que pacientes da rede privada geralmente consideram o exercício essencial para sua recuperação. Por outro lado, muitos pacientes da rede pública demonstraram pouco interesse ou envolvimento em programas de exercícios. Essa diferença foi atribuída a diversos fatores, incluindo a falta de informação sobre os benefícios do exercício, complicações do tratamento, medo de agravar os sintomas e a presença de outras condições de saúde relacionadas à idade.
Além dos fatores individuais, o estudo também apontou para barreiras socioambientais que dificultam a prática de exercícios, como a insegurança nos bairros e o desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. No âmbito dos serviços de saúde, foram identificadas inconsistências nas orientações fornecidas pelos profissionais, a ausência de protocolos específicos para a prática de exercícios oncológicos e a falta de sistemas de encaminhamento para programas adequados. Esses resultados destacam a necessidade de estratégias personalizadas e abrangentes para promover a adesão ao exercício em pacientes com câncer de próstata, levando em consideração as particularidades de cada indivíduo e o contexto em que estão inseridos.
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