O Psicodiagnóstico Interventivo Psicanalítico (PIOP) surge como uma ferramenta valiosa no campo da saúde mental, especialmente no atendimento de adolescentes e jovens adultos que enfrentam desafios significativos. Desenvolvido através de uma colaboração entre um Serviço Escola de Psicologia e um Hospital Universitário, esse dispositivo busca oferecer uma rede de proteção psíquica mais robusta para indivíduos com funcionamentos limítrofes.
O PIOP se destaca por integrar a psicanálise e a avaliação psicológica, utilizando métodos projetivos da Escola de Paris, como o Rorschach e o Teste de Apercepção Temática (TAT). Essa abordagem plurifocal permite uma compreensão mais profunda da dinâmica psíquica dos pacientes, revelando aspectos inconscientes que podem estar contribuindo para seu sofrimento. Ao analisar as respostas e interpretações dos jovens a esses testes, os profissionais podem identificar padrões de pensamento, emoções e mecanismos de defesa que moldam seu comportamento.
A aplicação do PIOP como um dispositivo simbolizante oferece um espaço clínico mediador, facilitando tanto o diagnóstico quanto a intervenção terapêutica. A síntese dos achados projetivos possibilita um confronto com as hipóteses clínicas levantadas durante as consultas, gerando comparações precisas sobre a dinâmica defensiva e a manifestação sintomática. Esse processo favorece o trabalho sobre o traumatismo, promovendo a construção de demandas para atendimento psicológico individual e facilitando as transferências múltiplas no dispositivo plurifocal. O PIOP, portanto, não se limita ao diagnóstico diferencial, mas se configura como um caminho de tratamento clínico, buscando promover o bem-estar e a saúde mental dos jovens.
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