Interações Sociais na Escola: Uma Abordagem para Alunos Autistas

Um estudo recente publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders investigou as oportunidades sociais, tanto estruturadas quanto não estruturadas, oferecidas a alunos autistas em escolas de ensino fundamental. A pesquisa buscou entender a quantidade e os tipos de interações sociais proporcionadas pelos professores, bem como a influência do nível escolar e do suporte educacional especializado nessas oportunidades.

O estudo envolveu a análise dos horários escolares de 27 alunos autistas, provenientes de 12 escolas públicas. Os horários foram cuidadosamente avaliados para quantificar o tempo dedicado a atividades sociais estruturadas, como trabalhos em pequenos grupos, e não estruturadas, como recreio. Os resultados revelaram que, em média, os professores relataram que os alunos passavam aproximadamente 62,4 minutos por dia (cerca de 17% do dia escolar) em atividades sociais não estruturadas e 114,8 minutos por dia (aproximadamente 31% do dia escolar) em atividades sociais estruturadas.

Um achado interessante foi que o nível escolar teve um impacto significativo no tempo dedicado a interações sociais não estruturadas. Alunos nas séries iniciais (K-2) recebiam mais oportunidades de interação com seus pares em ambientes não estruturados em comparação com alunos nas séries mais avançadas (3-5). No entanto, o nível escolar não influenciou o tempo dedicado a atividades sociais estruturadas, e o suporte educacional especializado não se mostrou um fator preditivo significativo para ambos os tipos de interação social. Esses resultados destacam a importância das interações entre colegas, facilitadas pelos professores, especialmente durante os momentos não estruturados nos primeiros anos do ensino fundamental, abrindo portas para integrar o apoio social nesses contextos naturais.

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