Um estudo recente investigou a influência dos determinantes sociais da saúde (DSS) e fatores socioculturais na qualidade de vida materna e no funcionamento familiar de famílias latinas com crianças que possuem deficiências intelectuais e de desenvolvimento (DID). A pesquisa, realizada no Texas e Illinois, envolveu 105 famílias latinas e utilizou modelos estatísticos para analisar as associações entre variáveis demográficas, DSS, fatores socioculturais (como apoio social e coesão familiar) e os resultados relacionados à qualidade de vida das mães e ao funcionamento familiar.
Os resultados revelaram que a falta de moradia própria, a insegurança alimentar e a percepção de discriminação estavam significativamente associadas a uma menor qualidade de vida materna. Além disso, a insegurança alimentar e a discriminação percebida também impactaram negativamente o funcionamento familiar. Em contrapartida, o apoio social e a coesão familiar demonstraram ser elementos positivos, correlacionados com melhores resultados tanto para as mães quanto para as famílias.
Embora o apoio social e a coesão familiar não tenham demonstrado efeitos moderadores significativos nas relações analisadas, o estudo sugere que a discriminação percebida pode atenuar o impacto positivo do apoio social na qualidade de vida materna. Esses achados enfatizam a importância dos determinantes sociais da saúde no bem-estar de famílias latinas com crianças com DID, destacando a necessidade de políticas e programas que promovam a aquisição de moradia, combatam a insegurança alimentar e reduzam a discriminação, visando melhorar a qualidade de vida dessas famílias e o desenvolvimento saudável de suas crianças. Apoio social forte e ambientes inclusivos são cruciais. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente a interação entre esses fatores.
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