Sensibilidade Ambiental em Crianças Refugiadas: Fatores de Influência

Um estudo recente investigou os fatores que influenciam a sensibilidade ambiental em crianças refugiadas sírias, um grupo particularmente vulnerável a desafios psicossociais. A sensibilidade ambiental refere-se à capacidade de uma criança de perceber e processar influências contextuais, o que pode afetar sua resposta à adversidade. Compreender os preditores dessa sensibilidade pode ser crucial para desenvolver intervenções eficazes e melhorar o bem-estar dessas crianças.

A pesquisa, realizada com uma amostra de mais de 1.400 crianças refugiadas e suas mães no Líbano, identificou 12 preditores significativos da sensibilidade ambiental. Entre os fatores mais relevantes, destacaram-se o controle comportamental materno, a insegurança humana, experiências positivas em casa, a ansiedade materna e relatos de abuso infantil. Curiosamente, alguns preditores, como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) materno, a exposição à guerra e o bullying, apresentaram uma relação não linear com a sensibilidade, indicando que tanto altos quanto baixos níveis desses fatores podem estar associados a uma maior sensibilidade.

Os resultados sugerem que tanto fatores contextuais altamente favoráveis quanto altamente adversos podem influenciar a sensibilidade ambiental em crianças. Contrariamente a algumas expectativas, a predisposição genética para autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) não se mostrou um preditor significativo nessa amostra. A pesquisa enfatiza a importância de continuar investigando os preditores da sensibilidade ambiental, especialmente em populações vulneráveis, como as crianças refugiadas, a fim de aprimorar a avaliação e o apoio a essas crianças.

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