Um estudo recente revelou uma lacuna significativa no treinamento de fisioterapeutas e outros profissionais de saúde no que se refere ao cuidado de pessoas em situação de rua. Essa população frequentemente apresenta problemas de saúde complexos que exigem uma abordagem especializada. A pesquisa buscou identificar as necessidades de treinamento não atendidas desses profissionais, visando otimizar o atendimento prestado.
A pesquisa, realizada por meio de um questionário online divulgado no Twitter, coletou respostas de 203 participantes. Mais da metade (54,2%) relatou ter atendido pessoas em situação de rua nos últimos 12 meses. Surpreendentemente, mais de um terço (38,9%) não recebeu nenhum treinamento específico para lidar com as particularidades dessa população. Os treinamentos mais comuns foram em ‘resolução de conflitos’ e ‘técnicas de desescalada’, o que indica uma preocupação com o manejo de situações de crise, mas possivelmente negligencia outras áreas cruciais do cuidado.
As necessidades de treinamento mais frequentemente mencionadas pelos participantes se concentraram no suporte comunitário após a alta hospitalar, opções de alta e redes de apoio social. Isso sugere que os profissionais sentem falta de conhecimento e recursos para garantir uma transição suave e sustentável para esses pacientes após o tratamento. A falta de informação sobre os recursos disponíveis e como acessá-los pode comprometer a efetividade do cuidado e a reintegração social dessas pessoas. Portanto, fica evidente a importância de incorporar treinamentos contextuais e específicos na rotina dos profissionais de saúde que atendem a população em situação de rua, a fim de promover um cuidado mais completo e eficaz.
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