A pandemia de COVID-19 impôs desafios significativos às famílias em todo o mundo, com mudanças abruptas nas rotinas e aumento do estresse. Um estudo recente investigou como essas mudanças afetaram particularmente o dia a dia de pais e mães de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA), comparando-as com famílias de crianças com desenvolvimento típico.
A pesquisa, publicada no Medical Journal of the Islamic Republic of Iran, revelou que, durante os períodos de quarentena, houve uma diminuição significativa no uso de recompensas como estratégia de parentalidade em todos os grupos analisados. No entanto, o estudo também apontou para um aumento na aplicação de punições, especialmente em famílias com crianças com TDAH. Além disso, pais de crianças com TEA relataram um declínio na qualidade do relacionamento entre eles durante o período de isolamento social. Estes dados sugerem que as demandas adicionais impostas pela pandemia exacerbaram as dificuldades já existentes nestas famílias.
Outro ponto relevante destacado pelo estudo foi o impacto na saúde mental das mães. As mães de crianças com TDAH apresentaram níveis de saúde mental significativamente mais baixos em comparação com as mães de crianças com TEA e com desenvolvimento típico. Isso indica que as mães de crianças com TDAH podem ter enfrentado desafios adicionais durante a pandemia, possivelmente devido às maiores demandas de atenção e manejo comportamental associadas ao TDAH. Estes resultados reforçam a necessidade de apoio direcionado às famílias de crianças com necessidades especiais em momentos de crise, com foco tanto no bem-estar da criança quanto na saúde mental dos pais.
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