Doenças musculoesqueléticas representam um desafio significativo para a saúde pública global, impactando a qualidade de vida de milhões de pessoas. A fisioterapia, tanto a tradicional (analógica) quanto a digital, tem se mostrado uma ferramenta essencial no tratamento dessas condições. Um estudo recente investigou a utilização combinada dessas duas abordagens no contexto do sistema de saúde alemão, revelando insights importantes sobre seus padrões de uso e os fatores que influenciam essa combinação.
A pesquisa, baseada em dados de seguros de saúde, analisou o uso de aplicativos de saúde digital (DiGAs) para distúrbios musculoesqueléticos. Os resultados indicaram que uma parcela considerável dos pacientes que utilizam DiGAs também recebe fisioterapia analógica. Mais especificamente, o estudo identificou que a cronicidade da condição é um forte preditor para o uso combinado das duas modalidades. Pacientes com risco de cronicidade ou com cronicidade já estabelecida demonstraram uma probabilidade significativamente maior de receber tanto fisioterapia digital quanto analógica.
Além da cronicidade, o estudo também apontou outros fatores associados ao uso combinado de fisioterapia digital e analógica. O gênero feminino e a idade mais avançada também se mostraram preditores significativos. Esses achados sugerem que diferentes grupos de pacientes podem se beneficiar de abordagens de tratamento personalizadas, que integrem o melhor de ambas as modalidades. A incorporação de intervenções digitais de saúde nas diretrizes de tratamento existentes pode otimizar o acesso e a eficácia da fisioterapia para uma ampla gama de pacientes com doenças musculoesqueléticas, especialmente aqueles que enfrentam condições crônicas. A combinação estratégica da fisioterapia digital e analógica pode oferecer um caminho promissor para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida desses indivíduos.
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