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A oligoastenospermia, uma condição caracterizada pela baixa concentração e motilidade dos espermatozoides, é uma causa comum de infertilidade masculina. Um estudo recente investigou o potencial da eletroacupuntura para melhorar a qualidade do sêmen em modelos animais, através da regulação do eixo hipotálamo-hipófise-testicular (HPT). Este eixo desempenha um papel crucial na produção de hormônios reprodutivos, que são essenciais para a fertilidade masculina.

No experimento, ratos com oligoastenospermia induzida foram submetidos a sessões diárias de eletroacupuntura em pontos específicos, conhecidos como acupontos Shu-Mu Cérebro-Rim. Os resultados mostraram melhorias significativas na qualidade do sêmen, incluindo aumento da contagem, densidade, sobrevivência e motilidade dos espermatozoides. Adicionalmente, a análise histológica revelou uma diminuição nos danos aos tecidos renais e testiculares. Curiosamente, um grupo controle que recebeu um tratamento simulado de acupuntura (em pontos não relacionados) não apresentou as mesmas melhorias.

O estudo também analisou os níveis hormonais dos animais. Observou-se que a eletroacupuntura nos acupontos Shu-Mu Cérebro-Rim promoveu um aumento nos níveis de testosterona (T), hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) e inibina B (INHB), juntamente com uma diminuição nos níveis de hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo-estimulante (FSH), estradiol (E2) e prolactina (PRL). Esses achados sugerem que a eletroacupuntura pode melhorar a espermatogênese e a qualidade do sêmen através da regulação do eixo HPT, oferecendo uma potencial alternativa terapêutica para homens que enfrentam problemas de infertilidade devido à oligoastenospermia. Mais estudos são necessários para confirmar esses resultados em humanos, mas a pesquisa abre portas interessantes para novas abordagens no tratamento da infertilidade masculina.

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