Psicologia em Emergências: Um Novo Instrumento para Otimizar o Atendimento

Em ambientes de pronto socorro, a agilidade e a precisão no atendimento são cruciais. No campo da saúde mental, a psicologia desempenha um papel fundamental, mas a falta de ferramentas eficazes para analisar e orientar a prática do psicólogo nesses cenários é um desafio. Um estudo recente buscou solucionar essa questão através do desenvolvimento e validação do “Farol de Prioridades”, um instrumento destinado a sistematizar os critérios de prioridade no atendimento psicológico em emergências.

O estudo, conduzido em um hospital filantrópico de São Paulo, envolveu a criação de uma versão preliminar do instrumento, composta por 34 itens. Essa versão foi então avaliada por nove especialistas, que analisaram a clareza da linguagem, a pertinência prática e a relevância dos parâmetros estabelecidos. Os resultados indicaram uma alta validade de conteúdo do instrumento, com valores superiores a 0,80 em todos os itens, demonstrando a sua adequação para o uso em contextos de pronto socorro. A validação da ferramenta demonstra um grande avanço na área, permitindo que psicólogos tenham um direcionamento claro para a priorização dos casos mais urgentes.

A efetividade do “Farol de Prioridades” foi testada por meio de ciclos PDSA (Plan-Do-Study-Act), que demonstraram a compreensão dos critérios pela equipe assistencial. A utilização do instrumento por residentes de psicologia resultou em um aumento notável na assertividade das solicitações de avaliações, equiparando-se aos atendimentos realizados por busca ativa. A integração da assistência, ensino e pesquisa com o Lean Healthcare, uma metodologia de gestão focada na melhoria contínua, proporcionou critérios consistentes para orientar a prática profissional dos psicólogos hospitalares e das equipes multidisciplinares. Essa abordagem se mostrou promissora para a extração de indicadores de qualidade em saúde mental, a melhoria contínua dos serviços de psicologia hospitalar e a promoção do cuidado centrado no paciente, garantindo que as necessidades psicológicas sejam atendidas de forma eficiente e humanizada em momentos críticos. O estudo oferece uma luz para a otimização dos serviços e o melhor cuidado com a saúde mental em ambientes hospitalares.

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