Poluição do Ar na Gravidez: Risco Aumentado de Autismo em Bebês?

Um estudo recente e abrangente investigou a ligação entre a exposição pré-natal à poluição do ar e o risco de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças. A pesquisa, que analisou dados de nascimentos na Califórnia entre 1990 e 2018, revelou associações preocupantes, especialmente em relação à exposição a poluentes relacionados ao tráfego.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 13 milhões de crianças, incluindo mais de 138 mil casos de TEA. Eles avaliaram a exposição pré-natal a poluentes como PM2.5 (material particulado fino), NO2 (dióxido de nitrogênio), ozônio e uma série de substâncias tóxicas provenientes do tráfego, incluindo benzeno, 1,3-butadieno, cromo, chumbo, níquel e zinco. Os resultados indicaram que a exposição pré-natal ao PM2.5 e ao NO2 estava associada a um aumento no risco de TEA. Curiosamente, o impacto desses poluentes parece ter diminuído ao longo do tempo, possivelmente devido a melhorias nas regulamentações e tecnologias de controle de emissões.

No entanto, o estudo também revelou que a exposição a certos poluentes tóxicos relacionados ao tráfego, como benzeno e níquel, apresentou uma forte associação com o TEA, e essa associação persistiu ao longo do tempo. Isso sugere que, apesar dos esforços para reduzir a poluição do ar, ainda existem vulnerabilidades significativas relacionadas a esses poluentes específicos. Os autores do estudo enfatizam a necessidade de intervenções direcionadas para reduzir a exposição a esses poluentes tóxicos, especialmente durante a gravidez e a primeira infância, um período crítico para o desenvolvimento neurológico. A pesquisa também destaca a importância de considerar fatores como raça/etnia, nível socioeconômico e região geográfica, uma vez que as associações entre poluição do ar e TEA podem variar entre diferentes grupos populacionais.

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