Glifosato: Exposição Crônica e seus Impactos no Coração e Fígado

O glifosato, um herbicida amplamente utilizado, tem sido alvo de diversos estudos para avaliar seus possíveis efeitos na saúde humana e animal. Uma pesquisa recente investigou os impactos da exposição crônica ao glifosato, por meio da inalação, nas estruturas e funções cardíacas e hepáticas de ratos. O estudo buscou entender como diferentes concentrações do herbicida poderiam afetar esses órgãos vitais ao longo de um período prolongado.

Durante 180 dias, ratos foram expostos a diferentes concentrações de glifosato, simulando uma exposição crônica por inalação. Os resultados revelaram que, embora a função cardíaca não tenha sido diretamente prejudicada, houve um remodelamento do coração, caracterizado pelo aumento do colágeno no tecido cardíaco e uma resposta antioxidante adaptativa. Essa alteração sugere que o organismo está tentando se proteger dos efeitos do herbicida. No fígado, a exposição ao glifosato levou a alterações histológicas compatíveis com fibrose, além de mudanças nos níveis de enzimas hepáticas, indicando danos nesse órgão. É importante ressaltar que, apesar das alterações observadas, a microarquitetura hepática se manteve preservada.

Esses achados destacam a importância de investigar os efeitos a longo prazo da exposição ao glifosato, mesmo em concentrações consideradas baixas. Apesar de não causar danos funcionais imediatos ao coração, o remodelamento cardíaco e as alterações hepáticas observadas nos ratos merecem atenção, principalmente em relação à saúde humana. Embora este estudo tenha sido realizado em animais, ele serve como um alerta para os possíveis riscos da exposição contínua a esse herbicida e reforça a necessidade de mais pesquisas para determinar os impactos reais na saúde humana e buscar alternativas mais seguras.

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