A inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em ambientes de ensino regulares tem ganhado cada vez mais importância em todo o mundo. No entanto, o sucesso dessa inclusão depende muito das atitudes dos professores e da crença em sua própria capacidade de lidar com as necessidades específicas desses alunos. Uma pesquisa recente buscou validar ferramentas para avaliar a percepção dos professores em relação à inclusão de estudantes com TEA.
O estudo, realizado na Grécia, adaptou e testou duas escalas: a Opiniões Relativas à Inclusão de Alunos com Transtorno do Espectro Autista (ORI-ASD) e a Escala de Senso de Eficácia dos Professores – Transtorno do Espectro Autista (TSES-ASD). Essas escalas foram traduzidas para o grego e aplicadas a um grupo de 853 educadores, incluindo professores de educação infantil, ensino fundamental e estudantes universitários em formação para se tornarem professores. O objetivo era verificar se as escalas eram confiáveis e válidas para medir as opiniões e o senso de autoeficácia dos professores em relação à inclusão de alunos com TEA.
Os resultados da pesquisa demonstraram que as versões gregas das escalas ORI-ASD e TSES-ASD apresentaram boas propriedades psicométricas, indicando que são ferramentas confiáveis e válidas para avaliar a percepção dos professores. Os resultados mostraram que os educadores demonstraram crenças moderadas de autoeficácia. Isso significa que os professores se sentem razoavelmente confiantes em sua capacidade de incluir alunos com TEA, mas ainda há espaço para melhorar. Esses achados podem ter implicações importantes para as políticas e práticas relacionadas à educação inclusiva, auxiliando na formação e no suporte aos professores, garantindo assim um ambiente de aprendizado mais inclusivo e eficaz para todos os alunos, incluindo aqueles com TEA. O estudo oferece *insights* valiosos sobre a importância de ferramentas de avaliação adequadas para promover a inclusão efetiva de alunos com autismo.
Origem: Link