O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa com uma base genética heterogênea, o que significa que diversas variações genéticas podem contribuir para o seu desenvolvimento. Identificar os mecanismos patogênicos do TEA é um desafio, dado que o risco genético envolve tanto variantes comuns quanto raras, sejam elas novas (de novo) ou herdadas.
Pesquisas anteriores se concentraram principalmente nas variantes raras e seu impacto no neurodesenvolvimento e nas funções neuronais em regiões corticais do cérebro. No entanto, as variantes comuns, que contribuem significativamente para a hereditariedade do TEA, foram menos exploradas. Um estudo recente buscou preencher essa lacuna, investigando como variantes genéticas comuns e raras convergem e divergem em diferentes tecidos e vias biológicas, oferecendo uma visão mais completa da complexidade genética do autismo.
A análise integrada de dados genéticos de larga escala (GWAS), genética da expressão gênica em tecidos e redes de coexpressão gênica revelou que regiões cerebrais chave e redes cruciais para a sinalização sináptica e o neurodesenvolvimento são enriquecidas tanto para variantes raras quanto comuns. Enquanto isso, tecidos periféricos, como os sistemas digestivo e imunológico, são influenciados principalmente por variantes comuns. A identificação de reguladores centrais da rede de genes, como SYT1 e ADD2, sugere que estes podem orquestrar os efeitos dos fatores de risco genéticos comuns e raros do TEA na sua patogênese, abrindo novas avenidas para a compreensão e o tratamento do autismo.
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