Pneumotórax Pós Dry Needling: Um Alerta Sobre a Técnica de ‘Rib Bracketing’

O dry needling (agulhamento seco) é uma técnica terapêutica utilizada para aliviar dores musculares e tratar pontos de gatilho, áreas de tensão que causam desconforto. No entanto, como qualquer procedimento invasivo, apresenta riscos que precisam ser considerados. Um recente relato de caso publicado na revista Physical Therapy levanta preocupações sobre a segurança de uma técnica específica, conhecida como ‘rib bracketing’, utilizada na região interescapular torácica.

O estudo descreve o caso de uma paciente de 24 anos que desenvolveu um pneumotórax – acúmulo de ar entre o pulmão e a parede torácica – após uma sessão de dry needling para tratar dores crônicas no pescoço e ombro. A paciente relatou uma dor atípica durante a inserção da agulha, seguida, nos dois dias seguintes, por falta de ar (dispneia), dor torácica, tosse seca e desconforto no peito. Um exame de raio-x confirmou o pneumotórax, que exigiu hospitalização e a inserção de um dreno torácico para a reexpansão do pulmão.

Apesar da recuperação completa da paciente em um mês, com o retorno a atividades físicas como caminhadas e esqui, o caso serve como um alerta importante para fisioterapeutas e outros profissionais de saúde que utilizam o dry needling. A técnica de ‘rib bracketing’, que envolve o uso das costelas como referência para a inserção da agulha na musculatura interescapular, pode aumentar o risco de perfuração da pleura, a membrana que reveste os pulmões, levando ao pneumotórax. O reconhecimento precoce dos sintomas e o tratamento imediato são cruciais para uma recuperação total. Técnicas mais seguras devem ser consideradas em áreas anatômicas de alto risco, e a vigilância constante é fundamental para detectar e gerenciar eventos adversos prontamente, garantindo a segurança do paciente durante intervenções de reabilitação.

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