Estudantes de diversas profissões da saúde frequentemente aprendem e praticam sob a supervisão de profissionais experientes durante o aprendizado integrado ao trabalho (WIL). Essa experiência é crucial para o desenvolvimento de habilidades essenciais. No entanto, esses estudantes podem se deparar com práticas que consideram de baixo valor, gerando desconforto e hesitação em questioná-las.
Um estudo recente explorou as percepções dos estudantes sobre cuidados de baixo valor e suas experiências ao discutir essas práticas durante o WIL. A pesquisa também buscou identificar prioridades de treinamento para programas educacionais, visando apoiar tanto os estudantes quanto os educadores na condução dessas conversas delicadas. Através de entrevistas online com 36 estudantes de 10 áreas da saúde, identificou-se que a visão dos alunos sobre o que constitui cuidado de baixo valor é multifacetada e vai além das diretrizes clínicas, abrangendo também aspectos como respeito, compaixão e confiança.
Os resultados revelaram que os estudantes necessitam de um ambiente seguro para iniciar discussões sobre cuidados que percebem como inadequados durante o estágio clínico. Além disso, eles buscam treinamento prático e orientação clara para lidar com conversas complexas nesse contexto. O estudo enfatiza a importância do treinamento pré-estágio e da criação conjunta de programas educacionais que envolvam estudantes, educadores e pacientes, a fim de aprimorar as habilidades de comunicação em torno dos cuidados de baixo valor, resultando em intervenções de ensino e aprendizagem mais eficazes e de suporte.
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